“BRASIL IMPÉRIO:
SEGUNDO REINADO”
OBJETIVOS:
o Perceber as controvérsias
sobre a personalidade de D. Pedro II.
o Analisar a economia do
período e o surto industrial.
o Refletir sobre a imigração
europeia para o Brasil.
o Discutir sobre as teorias
racistas do séc. XIX.
INTRODUÇÃO:
O governo imperial já tivera
o suficiente de sua experiência de descentralização em 1840, um ano que
assistiu a dois acontecimentos decisivos no governo. Primeiro, o parlamento
revogou os poderes delgados às províncias no Ato Adicional de 1834. Segundo, os
poderes por trás do trono decidiram satisfazer a reverência latente entre
muitos brasileiros pela monarquia hereditária proclamando a maioridade de Pedro
II. Dado que o novo monarca acabara de completar 14 anos de idade, tratava-se
de um empresa arriscada.
(Thomas
Skidmore, historiador.)
1. A POLÍTICA DO SEGUNDO REINADO (1840-1889):
Estava claro para a elite brasileira a necessidade e se manter no poder
centralizado nas mãos de D. Pedro II, para a perpetuação dos privilégios baseados
na posse de terras, no controle de renda e do poder político e na manutenção do
trabalho escravo.
1.1. Os primeiros anos – p. 88:
a. Cenário político:
o Partido Liberal (luzias) e
Conservador (saquaremas).
o Voto censitário: renda
mínima para ser eleitor e/ou candidato.
o “Eleições do cacete”.
o “Farinha do mesmo saco”.
b. “Parlamentarismo
às avessas” – p. 89.
1.2.
Revolução Praieira (PE/1848-50): p. 89.
a. Causa:
Liberais contestam o domínio político pelas oligarquias regionais, sobretudo, a
família Cavalcanti Albuquerque.
b. O
jornal Diário Novo publicou o
“Manifesto ao Mundo”, 1848.
2. ECONOMIA:
O
desenvolvimento da produção cafeeira no Vale do Paraíba esteve intimamente
ligado à construção do Estado nacional. O abastecimento da Corte provocou o
povoamento da região por famílias de comerciantes e funcionários reais, que
receberam terras e passaram a se dedicar ao plantio do café. Já enriquecidos,
tais proprietários obtiveram títulos de nobreza da Coroa brasileira: eram os barões do café, a principal base
política de sustentação de todo o edifício imperial. Do Vale do Paraíba a
cafeicultura espalhou-se para o sul de Minas Gerais e para o oeste de São Paulo.
Com a nova atividade, ampliou-se mais a escravidão no Brasil.
(Flavio de Campos e Renan
Garcia Miranda, historiadores.)
ü Fatores
que favoreceram a cafeicultura no Oeste Paulista: p. 90.
o Terra
roxa.
o Visão
mais “capitalista” que a do Vale do Paraíba (plantation).
2.1. Desenvolvimento
industrial: p. 91.
ü Obstáculos
à industrialização:
o Manutenção
da mão de obra escrava.
o Privilégios
comerciais ingleses.
a. Tarifa
Alves Branco, 1844.
b. Lei
Eusébio de Queiróz, 1850.
c. Investimentos
em outras atividades econômicas.
d. “Era
Mauá” – p. 92.
A expansão do café na região Sudeste também
estimulou a formação da malha ferroviária brasileira, fundamental para o
escoamento da produção nos portos do Rio de Janeiro e de São Paulo. O país
apresentou um salto de 14,5 km de estradas de ferro, em 1854, para 13.980 km em
1899, sendo que 8.713 km estavam na região cafeeira.
3. SOCIEDADE E CULTURA:
a.
Sociedade:
manteve-se a estrutura constituída no Período Colonial, mas com destaque
agora para os coronéis em detrimento dos senhores de engenho.
b.
Cultura:
o Vida
francesa a ser imitada.
o Salões:
onde tudo acontece.
o Romantismo
(1836-1881): movimento artístico apropriado como ferramenta política.
4. ESCRAVIDÃO:
4.1. Movimento abolicionista: p. 93.
o Sociedade
Brasileira Contra a Escravidão, 1881.
o Jornal
O Abolicionista.
o Destaques:
·
Monarquistas: Joaquim Nabuco e André Rebouças.
·
Republicanos: José do Patrocínio e João Clapp.
4.2. Abolição lenta e
segura... p. 94:
o Bill
Aberdeen (Lei inglesa), 1845.
o Lei
Eusébio de Queiróz – 1850.
o Lei
do Ventre Livre – 1871.
o Lei
do Sexagenário – 1885.
o Lei
Áurea – 1888.
5. A IMIGRAÇÃO PARA O BRASIL: p. 95
ð
Transição para o trabalho livre:
fim do tráfico de escravos para o Brasil.
1)
Lei Eusébio de Queiróz, 1850:
tráfico interno: Sudeste-Nordeste.
2)
Projeto de embranquecimento da raça:
o A
mestiçagem é a causa do atraso brasileiro.
o Solução:
imigração europeia.
5.1. Primeira onda: sistema de parceria; p. 95.
5.2. Segunda onda: iniciativa privada-governo: sistema do
colonato.
5.3.Lei de Terras de 1850: forma legal de dificultar o acesso
à terra aos imigrantes e escravos.
6. POLÍTICA EXTERNA: p. 97
6.1. Conflitos diplomáticos: “Questão Christie” – Brasil X Inglaterra,
1862; p. 97.
6.2. Intervenções no sul: Brasil busca impor uma política hegemônica
no Sul; p. 98.
6.3. Guerra do Paraguai (1864-187): p. 98.
“A maldita guerra será a ruína do
vencedor e a destruição do vencido”
(Barão de Mauá, 1813-1889)
a.
Causa: disputa pelo controle sobre a Bacia do
Prata.
b.
Envolvidos: Tríplice
Aliança X Paraguai.
c.
Consequência:
c.1. Paraguai:
o Perdeu
território.
o Morte
de 96% população masculina adulta.
o Miséria
total.
c.2. Brasil:
o Fortalecimento
moral do Exército.
o Republicanismo.
o Abolicionismo.
ð
Quem realmente saiu beneficiada com a guerra? A Inglaterra, por meio de empréstimos de milhões
de libras aos países envolvidos.
7. FIM DO IMPÉRIO:
7.1. Questão abolicionista; p. 99.
7.2. Questão religiosa; p. 99.
7.3. Questão militar; p. 99.
7.4. Questão republicana; p. 100.
ð
O golpe republicano e a Proclamação da República
(15/11/1889).
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