“A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA”
1. “Nossos
caboclos do mato são fáceis de se fanatizar e, se for exato o que se ouve, é
necessária a ação enérgica". A advertência feita ao governador do estado
de Santa Catarina, Vidal Ramos, em 1912, é do Cel. Campos Moraes. Ele
considerava perigoso para o poder local o ajuntamento de sertanejos pobres em
torno do curandeiro José Maria.
(MACHADO,
Paulo Pinheiro. Lideranças do Contestado: a formação e atuação de chefias
caboclas (1912-1916). Campinas: Editora da Unicamp, 2004. p.13.
ü
Assinale a alternativa correta.
a. ( ) O fragmento se refere à Guerra do
Contestado, que, para a imprensa e as autoridades militares, era uma reedição
do fanatismo de Canudos.
b. ( ) O movimento do Contestado foi, sem
dúvida, religioso, com características messiânicas, mas só ingressavam no grupo
meninas virgens e meninos puros, para a construção de uma nova Jerusalém.
c. ( ) José Maria, o líder do Contestado,
era um missionário franciscano, alemão que atuou no Planalto Catarinense, entre
1890 e 1930.
d. ( ) A população do Contestado era
muito religiosa, louvava a monarquia e o retorno da Casa Real de Bragança ao
trono brasileiro.
e. ( ) Assim como na Revolta do Juazeiro,
ficava evidente o caráter oligárquico representado pela figura de José Maria.
2. A
política do café-com-leite ficou assim conhecida pela aliança de dos estados
que produziam café e leite durante a Primeira República:
a. ( ) São Paulo e Rio de Janeiro.
b. ( ) São Paulo e Minas Gerais.
c. ( ) Rio de Janeiro e Minas Gerais.
d. ( ) Goiás e Rio de Janeiro.
e. ( ) Goiás e Minas Gerais.
3. Dentre
os movimentos populares que surgiram durante a República Velha, alguns tiveram
caráter religioso, destacando-se o messianismo. Qual das alternativas abaixo
apresenta corretamente movimentos deste tipo?
a. ( ) Revolta do Contestado e Revolta da
Vacina.
b. ( ) Revolta do Contestado e Revolta da
Chibata.
c. ( ) Guerra de Canudos e Revolta da
Chibata.
d. ( ) Guerra de Canudos e Revolta do
Contestado
e. ( ) Revolta da Vacina e Revolta da
Chibata.
4.
Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais,
nem revistas, nas quais se limita a ver as figuras, o trabalhador rural, a não
ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano
político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de
cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural.
LEAL,
V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado).
O coronelismo, fenômeno político
da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais
características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da
cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social:
(04 pontos)
a. ( ) igualitária, com um nível
satisfatório de distribuição da renda.
b. ( ) estagnada, com uma relativa
harmonia entre as classes.
c. ( ) tradicional, com a manutenção da
escravidão nos engenhos como forma produtiva típica.
d. ( ) ditatorial, perturbada por um
constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia.
e. ( ) agrária, marcada pela concentração
da terra e do poder político local e regional.
5. A charge a seguir ironiza uma
prática política comum no país durante a República Velha. Estamos falando da (o):
a.
( ) Política dos Governadores.
b.
( ) Política dos Coronéis.
c.
( ) Política dos Honestos.
d.
( ) Política do Café com Leite.
e.
( ) Política da Gangorra.
6. Durante a Primeira República
todos procuravam se aproximar dos coronéis em busca de favores, o que
caracterizava:
a. ( ) o coronelismo.
b. ( ) o clientelismo.
c. ( ) o gentilismo.
d. ( ) o favoritismo.
e. ( ) o negocialismo.
7. Rui Barbosa, jurista que gozava
de grande prestígio, responsável pela redação do texto constitucional, foi
indicado por Deodoro da Fonseca para o Ministério da Economia. Procurou
solucionar a crise econômica herdada do Império e a escassez de dinheiro da
economia, que começava a funcionar, após a Abolição, com o uso generalizado do
trabalho assalariado. Para facilitar a abertura de novas empresas, o crédito
para a lavoura e incentivar a industrialização, permitiu que fosse feita uma
farta emissão de papel-moeda, o que acabou gerando um incontrolável processo
inflacionário. Seguiu-se um agravamento da crise econômica e a falência de
inúmeras empresas. Rui Barbosa demitiu-se da pasta em 1891. Como ficou chamado
esse episódio na economia da República Velha?
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8. Identifique as práticas
eleitorais vigentes na República Velha relacionado as colunas.
(1) Degola.
(2) Voto do cabresto.
(3) Clientelismo.
( ) Quando um político de oposição era eleito,
a Comissão de Verificação de Poderes alegava fraude eleitoral e era-lhe cassado
o mandato parlamentar.
( ) Os eleitores não expressavam sua
vontade nas eleições, mas as dos coronéis.
( ) O político oferece algum favorecimento
pessoal em troca de voto ou apoio político.
9. (FUVEST 2009) Em um balanço
sobre a Primeira República no Brasil, Júlio de Mesquita Filho escreveu:
“... a
política se orienta não mais pela vontade popular livremente manifesta, mas
pelos caprichos de um número limitado de indivíduos sob cuja proteção se
acolhem todos quantos pretendem um lugar nas assembleias estaduais e federais”.
(A crise nacional, 1925.)
De
acordo com o texto, o autor:
a. ( ) Critica a autonomia excessiva do poder
legislativo.
b. ( ) Propõe limites ao federalismo.
c. ( ) Defende o regime parlamentarista
d. ( ) Critica o poder oligárquico.
e. ( ) Defende a supremacia política do sul do
país.
10. A chamada “Política dos
Governadores”, instituída a partir do governo de Campos Salles,
caracterizava-se por:
a. ( ) permitir que a escolha do Presidente da
República fosse resultado de um consenso entre os governadores e desta forma
manter o grupo político no poder.
b. ( ) tornar os governadores um mero
instrumento do poder do Presidente da República e impedir a formação de novas
lideranças contrárias ao governo federal;
c. ( ) acordo político que consistia na troca de
favores entre os governos federal, estadual e municipal para manter os grupos
políticos no poder.
d. ( ) tornar os governadores representantes de
um federalismo liberal e democrático com objetivo de renovar as lideranças
políticas;
e. ( ) promover, através dos governadores, a
desarticulação das oligarquias locais e promover a renovação dos grupos políticos
e lideranças locais.
“Não
é errando que se aprende, mas sim corrigindo o erro”.
(Içami
Tiba, 1941-2015)
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