“BRASIL COLÔNIA”
A) organização administrativa
visava interiorizar a produção econômica, com o objetivo de povoar o sertão,
possibilitando o desenvolvimento interno da colônia.
B) economia baseada na monocultura da cana-de-açúcar permitiu o
surgimento de outras atividades econômicas, voltadas para o mercado interno e
externo.
C) pecuária possibilitou o
surgimento de uma classe média rural, pautada no assalariamento da mão de obra
e na crítica ao escravismo colonial.
D) criação do Governo Geral
centralizou o poder, extinguindo as Capitanias Hereditárias e as Câmaras
Municipais e possibilitando o controle metropolitano sobre a produção
mineradora.
E) acumulação do capital
proveniente das atividades econômicas permitiu o desenvolvimento interno do
Nordeste e sua autonomia, em relação às demais regiões, e a ruptura das
relações políticas com a metrópole.
2. “A
produção do açúcar e as origens das economias coloniais americanas estiveram
intimamente ligadas. O cultivo da cana-de-açúcar vinha se deslocando em direção
ao oeste por séculos antes de ser introduzido no Novo Mundo pelos portugueses e
espanhóis, e sua chegada às Antilhas e ao Brasil foi uma extensão lógica do
longo processo histórico.”
SCHWARTZ, Stuart B.
Segredos internos. Engenhos e escravos na sociedade colonial. SP: Companhia das
Letras, 1988. p. 21.
Esse
trecho pode ser associado a qual destes processos?
A) Crise do Antigo Sistema
Colonial
B) Desenvolvimento do
neocolonialismo
C) Expansão marítima europeia
D) Ampliação do modo de
produção feudal
3. “A
tentativa de implantação da cultura europeia em extenso território, dotado de
condições naturais, se não adversas, largamente estranhas à sua tradição
milenar, é, nas origens da sociedade brasileira, o fato dominante e mais rico
em consequências. Trazendo de países distantes nossas formas de convívio,
nossas instituições, nossas ideias, e timbrando em manter tudo isso em ambiente
muitas vezes desfavorável e hostil, somos ainda hoje uns desterrados em nossa
terra”.
(HOLANDA, Sérgio Buarque.
Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2014, p. 35).
Como
destacado no trecho acima, as origens dos problemas sociais brasileiros estão
na colonização do Brasil implantada pelos portugueses. Sobre as características
dessa colonização, assinale a opção incorreta.
A) Exploração dos recursos naturais
da terra, como o pau-brasil no litoral e as drogas do Sertão, no interior do
território.
B) A catequização dos indígenas
pelos jesuítas como parte do movimento de conversão de novos fieis para a
Igreja Católica durante a Contrarreforma.
C) A busca de metais preciosos para
o enriquecimento da Coroa portuguesa.
D) Incentivo ao tráfico atlântico
de africanos escravizados como forma de aumentar as rendas da Fazenda Real, o
lucro dos comerciantes portugueses e a oferta de mão-de-obra para os engenhos
de açúcar.
E) Investimento na produção de açúcar, baseada no sistema de plantation.
Ou seja, sistema baseado na monocultura agrícola através da utilização de
latifúndios e mão-de-obra escrava, e com a produção voltada para o mercado
interno.
4. O
missionário que se volta para o índio, prega-lhe em tupi e compõe autos devotos
(e, por vezes, circenses) com o fim de convertê-lo, é um difusor do
salvacionismo ibérico para quem a vida do selvagem estava imersa na barbárie
[...].
BOSI, A. Dialética da
colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 92. Entre os diversos
aspectos que caracterizaram a presença dos jesuítas no Brasil colonial estão
A) a defesa da tolerância
religiosa, o combate à escravização de negros africanos e o desenvolvimento de
eficientes métodos pedagógicos.
B) a política missionária, o alargamento das fronteiras da fé cristã e a
ação educativa desenvolvida em seus colégios.
C) a aceitação das práticas
religiosas indígenas, a inflexível imposição do idioma português e a
perspectiva salvacionista.
D) a defesa da escravização
indígena, o combate às práticas mercantis e a mística da devotio moderna.
E) a condenação do uso de imagens
nas celebrações litúrgicas, a tradução da Bíblia para o tupi e o distanciamento
das orientações do Concílio de Trento.
5. Ao
falar sobre as relações de trabalho no Brasil colonial, Sérgio Buarque de
Holanda afirmou que "A contribuição indígena – a princípio voluntária e
caracterizadamente interesseira; subordinada, em seguida, a regime escravista –
foi que permitiu aos portugueses que mais rapidamente dessem início à tarefa
preliminar de reconhecimento territorial e exploração econômica do Brasil,
facilitandolhes a fixação e os meios de subsistência na nova colônia."
(História Geral da Civilização Brasileira,
1985, p. 183). A respeito do trabalho escravo no Brasil colônia, assina-le o
que for correto.
01) Durante todo o período colonial
é registrado a formação de quilombos em várias partes do território brasileiro,
como o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Bahia.
02) Entre fatores que dificultaram
uma maior utilização dos indígenas como escravos no Brasil colonial é possível
destacar a facilidade com que estes contraíam doenças vindas da Europa e também
as fugas constantes, uma vez que conheciam o território brasileiro melhor que
os colonizadores portugueses.
04) O tráfico negreiro gerava um
considerável lucro para os comerciantes europeus que traziam os negros da
África para o Brasil. Esse é um fator determinante na escolha dessa mão de obra
durante os séculos coloniais.
08) Os negros africanos
escravizados no Brasil colonial eram considerados seres inferiores pela Igreja
Católica e, em razão disso, não houve uma tentativa de cristianização pelo
clero católico radicado na colônia.
16) Não há registro da utilização
da mão de obra escrava indígena nos engenhos do nordeste açucareiro. Apenas a
partir da mineração, no século XVIII, é que a escravidão indígena ganha corpo
na colônia.
Soma= 07
6. Segundo
nos informa Darcy Ribeiro (1995, p. 194), em fins do século XVI, a colônia
possuía 3 cidades, a maior delas, Salvador, então sede do Governo Geral,
contava com aproximadamente 15 mil habitantes; no final do século XVII,
salvador tinha em torno de 30 mil habitantes e Recife tinha 20 mil. Ao final do
século XVIII, enquanto cidades centenárias como Salvador e Recife tinham por
volta de 40 mil e 25 mil habitantes, respectivamente, a jovem cidade de Vila
Rica, hoje Ouro Preto, elevada à categoria de Vila somente em 1711, já possuía
cerca de 30 mil habitantes.
RIBEIRO, Darcy. O povo
brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras,
1995. p. 194.
O
fenômeno demográfico do rápido crescimento populacional de Vila Rica (Ouro
Preto) no século XVIII é atribuído
A) ao processo de interiorização da
colonização portuguesa no Brasil a partir da expansão da atividade pecuarista,
por meio das correntes do sertão de dentro, oriunda da Bahia, e do sertão de
fora originária de Pernambuco.
B) à grande migração de colonos e de pessoas oriundas de Portugal para a
região que hoje é Minas Gerais, em função das descobertas de jazidas de ouro e
pedras preciosas, o que fez surgirem vários centros urbanos na área.
C) ao estímulo ao desenvolvimento
da colônia, promovido por Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de
Pombal, secretário de Estado do Reino, sob o reinado de D. José I, que
incentivou a indústria e a educação no Brasil.
D) à ocupação de vastos espaços do
território da colônia por colonos espanhóis das regiões do Potosi e do Rio da
Prata, quando ocorreu a União Ibérica (1580-1640), época em que reis hispânicos
governaram o reino de Portugal.
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